31 de janeiro de 2009

Naive

Isso sim é uma facada na criatividade....
Só para criar um vínculo gramatical com minha tutora de português e redação favorita, que por coincidência é minha mãe, resolvi imprimir o post "o bêbado e o cego" para que ela o lê-se e comentasse. Texto na mão, óculos posicionados e aquela carinha de professora durona, pronta para cravar seus comentários ferrenhos em quem fosse o autor:
_ Quem escreveu isso?
_ Achei na net... - respondi com uma cara tão lavada que denunciava descaradamente que a resposta era mentira.
Ela continuou a ler, demonstrando interesse.
_ Cecília Meirelles. - Ela dise, interrompendo o silêncio.
_ O quê?
_ Este texto é uma cópia de um conto da Cecília Meirelles. Um que fala de um cachorro numa igreja... Não me lembro o nome...
Então ela esticou o braço me devolvendo o texto sem terminar sua leitura.
Simples, sutil e mortal.
Talvez essa denúncia de plágio pudesse ser considerada um elogio, mas como o texto nem foi totalmente lido me senti a pior das escritoras. Mas eu hei de me reerguer, amigos! E voltarei a escrever "coisinhas legais" sem medo de ser considerada apenas uma "copiadora de textos".
xoxo,
Sal.

19 de janeiro de 2009

That's not my name!

Uma das desvantagens de não ser tradicionalmente igual à todo mundo, é que cria-se a falsa idéia de que talvez, por ser diferente, às pessoas não te conheçam tão bem. Pode ser verdade, como pode também não ser. Vou deixar a dúvida, porque não quero solucionar esse mistério. Caso contrário, o que seria de mim? A verdade é que Gismálias, Giseltas, Evilseeds, Feinhas, Salamandras e etcs à parte, certas coisas são tão óbvias que custa acreditar.
Nunca fui muito fã de ir à missa. Talvez porque, baseada em uma experiência muito próxima, achasse tudo muito hipócrita. Ainda acho muito mais católico, acender um incenso e ajudar um cego a atravessar a rua do que bater ponto na missa aos domingos e ser incapaz de estender a mão ao vizinho porque este não é da mesma cor. Mas, de uns tempos pra cá, resolvi mudar minha conduta, e com certeza não é porque "se não vir por amor, virá pela dor".
Salamandrinha estuda no mesmo colégio católico onde fiz o 1ºGrau, local onde passei pelos maiores vexames da minha vida e também onde eu ia escondido até a capela das freiras rezar para que o meu pai voltasse pra casa. A reza não vingou, mas me tranquilizou. Foi nesse colégio também que eu aprendi sobre o "Negrinho do Pastoreio", e foi essa lenda que me salvou de uma surra que só Vó Luzia poderia contar com riqueza de detalhes e pureza, capazes de emocionar o mais descrente. É atrás dessa fé que estou à procura, independente da hipocrisia dos vizinhos ou do julgamento que poderão fazer de mim. Esse milagre é meu e ninguém pode tirar de mim!
xoxo,
Sal.